Viagem do Leko ao Nordeste Brasileiro
Leko (26 anos) - Cruzou 16 estados brasileiros, rodando mais de 8000km de Twister 250cc
Matéria publicada em 09/08/2009.
Entrevista por Policarpo Jr
Dia 15/11/2009 a revista eletrônica do Rock Riders completará 2 anos de operações. Vimos conhecendo muito do mundo do motociclismo de viagem e fazendo inúmeras amizades com motociclistas dos mais diferentes perfis. Aproveitamos para agradecer a participação dos mais de 1000 Moto Clubes e Moto Grupos que já se cadastraram no Rock Riders, vindo integrar e agregar valor a toda enorme família de motociclistas estradeiros do Brasil.
Dessa vez, nosso 57o. entrevistado é o motociclista Leko (26 anos - foto ao lado), trabalha no setor de Turismo, casado, roda há apenas 5 anos. Mas, com a 'fome que tem de estrada', a determinação e atitude que sentimos fazer parte da sua personalidade, certamente esse motociclista ainda irá rodar para destinos bem distantes. É membro da Irmandande motociclística Brazil Riders.
Leko numa viagem solitária, pilotando uma Honda Twister 250cc, em 12 dias de viagem, percorreu mais de 8000km - média superior a 650km/dia, cruzando 16 estados do nordeste, norte e centro-oeste brasileiro (onde as estradas não tem nada a ver com as pistas lisas que temos na Argentina, Chile e Uruguai, por exemplo). Saiu da capital paulista, percorreu todo o litoral até o Rio Grande do Norte, retornando pelo sertão e interior da Paraíba, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará, Goiás e Mato Grosso do Sul, rodando inclusive em pistas de terra e em lugares tão 'inóspitos' do nosso país... que a lei, justiça, polícia e governo, além de não existirem, mal conhecem essas regiões do Brasil, fazendo o 'Coronelismo' ser a 'Ordem e o Progresso da população'.
' Meu objetivo nessa viagem foi conhecer várias regiões que eu não conhecia ou destinos que já fui de avião ou navio (trabalho com turismo), mas nunca tinha ído de moto. Viajar de moto é incomparável, não tem nada a ver com os outros meios de transporte. Queria realizar a viagem com uma moto 'pequena', para mostrar ao motociclismo de viagem que para fazermos uma grande viagem, podemos ir de moto de baixa cilindrada, não postergando nosso 'sonho'. Basta fazer um bom planejamento, ir com cuidado e determinação '. Afirma o Leko.
A entrevista foi realizada no início da noite do sábado 08/08/2009, no Café Havanna do Shopping Jardim Sul, no bairro do Morumbi na capital paulista.
Trajeto da viagem de Twister 250cc realizada pelo Leko.
'As grandes cilindradas estão dentro de cada motociclista'. Conheça o motociclista Leko, que tem em seu espírito de motociclista estradeiro, mais de 2000cc...
Leko, qual era sua experiência em viagens de moto?
Embora pilote motos há cinco anos, só nos últimos três anos que comecei a viajar de moto. Já fiz algumas viagens para cidades do interior paulista e estados do sul do País. Essa viagem pelos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, venho a planejando desde 2006.
Como foi o seu planejamento para essa viagem?
Estudei todo o roteiro que me propus a realizar, antes de partir, dia 30/05/2009, já tinha programado todo o trajeto, as cidades que iria percorrer e pernoitar, comprei todas as roupas e equipamentos necessários e fiz uma revisão geral na moto. A Honda Twister 250cc se comportou muito bem, não quebrou nada, foi tudo perfeito com a moto. Realizei a viagem em 12 dias.
Por que resolveu fazer a viagem sozinho e com moto de baixa cilindrada?
Eu prefiro rodar sozinho, assim faço meu próprio ritmo. Por outro lado não acho perigoso rodar sozinho, porque quando estamos só, temos mais cuidado, pilotamos conforme nosso próprio limite, além de termos mais liberdade para fazermos exatamente o que desejarmos. Não é fácil achar amigos que tenham uma boa sinergia conosco para realizar viagens longas de moto.
Já viajar de moto de baixa cilindrada, não foi uma opção minha. A Twister 250cc é a moto que tenho hoje e que pude realizar a viagem. Por outro lado, foi bom ter feito a viagem com essa moto, agora posso provar que para realizarmos uma viagem de grandes distâncias, com estradas e pistas de todos os tipos, podemos sim fazê-la usando uma moto pequena, não precisamos esperar podermos comprar uma moto grande. O importante é realizar nossos sonhos.
Você cruzou lugares bastante 'inóspitos' do Brasil, sofreu algum tipo de problema de insegurança?
Do Rio Grande do Norte para o Pará, fiquei receioso, porque fui avisado por caminhoneiros, pessoas que conhecia nas paradas para comer e abastecer que estava num trecho perigoso, com muitos bandidos e falta de segurança. Mas não aconteceu nada comigo. Acredite se quiser, mas passei por cidades onde o uso do capacete era proibido pelos municípios, por uma questão de identificar quem pilota uma moto, mas sempre usei o capacete na viagem. O único acontecimento 'estranho' que vivenciei, foi ter sido parado por policiais, muito mal vestidos, que não queriam saber de documentos e sim de dinheiro para 'ajudá-los'.
O que mais te surpreendeu nessa viagem?
É muito difícil falarmos de uma ou duas coisas que mais nos chama à atenção numa viagem grande como essa. Mas, quero ressaltar como é impressionante a grandeza geográfica e natural do nosso país, incrível como existem pessoas que vivem na pobreza, mas são cordiais e sempre com sorriso no rosto. Fui bem recebido por todos os lugares que passei, aliás, todos sabemos que viajar de moto gera uma simpatia maior das pessoas.
O que você aconselha para aqueles motociclistas que desejam fazer uma viagem como a sua?
Planeje bem, faça tudo com calma e determinação, parta para a viagem e a realize. Não importa a cilindrada da moto, desde que a mesma o deixe seguro ao pilotar.
Matéria publicada em 09/08/2009.
Entrevista por Policarpo Jr
Dia 15/11/2009 a revista eletrônica do Rock Riders completará 2 anos de operações. Vimos conhecendo muito do mundo do motociclismo de viagem e fazendo inúmeras amizades com motociclistas dos mais diferentes perfis. Aproveitamos para agradecer a participação dos mais de 1000 Moto Clubes e Moto Grupos que já se cadastraram no Rock Riders, vindo integrar e agregar valor a toda enorme família de motociclistas estradeiros do Brasil.
Dessa vez, nosso 57o. entrevistado é o motociclista Leko (26 anos - foto ao lado), trabalha no setor de Turismo, casado, roda há apenas 5 anos. Mas, com a 'fome que tem de estrada', a determinação e atitude que sentimos fazer parte da sua personalidade, certamente esse motociclista ainda irá rodar para destinos bem distantes. É membro da Irmandande motociclística Brazil Riders.
Leko numa viagem solitária, pilotando uma Honda Twister 250cc, em 12 dias de viagem, percorreu mais de 8000km - média superior a 650km/dia, cruzando 16 estados do nordeste, norte e centro-oeste brasileiro (onde as estradas não tem nada a ver com as pistas lisas que temos na Argentina, Chile e Uruguai, por exemplo). Saiu da capital paulista, percorreu todo o litoral até o Rio Grande do Norte, retornando pelo sertão e interior da Paraíba, Ceará, Maranhão, Piauí, Pará, Goiás e Mato Grosso do Sul, rodando inclusive em pistas de terra e em lugares tão 'inóspitos' do nosso país... que a lei, justiça, polícia e governo, além de não existirem, mal conhecem essas regiões do Brasil, fazendo o 'Coronelismo' ser a 'Ordem e o Progresso da população'.
' Meu objetivo nessa viagem foi conhecer várias regiões que eu não conhecia ou destinos que já fui de avião ou navio (trabalho com turismo), mas nunca tinha ído de moto. Viajar de moto é incomparável, não tem nada a ver com os outros meios de transporte. Queria realizar a viagem com uma moto 'pequena', para mostrar ao motociclismo de viagem que para fazermos uma grande viagem, podemos ir de moto de baixa cilindrada, não postergando nosso 'sonho'. Basta fazer um bom planejamento, ir com cuidado e determinação '. Afirma o Leko.
A entrevista foi realizada no início da noite do sábado 08/08/2009, no Café Havanna do Shopping Jardim Sul, no bairro do Morumbi na capital paulista.
Trajeto da viagem de Twister 250cc realizada pelo Leko.
'As grandes cilindradas estão dentro de cada motociclista'. Conheça o motociclista Leko, que tem em seu espírito de motociclista estradeiro, mais de 2000cc...
Leko, qual era sua experiência em viagens de moto?
Embora pilote motos há cinco anos, só nos últimos três anos que comecei a viajar de moto. Já fiz algumas viagens para cidades do interior paulista e estados do sul do País. Essa viagem pelos estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, venho a planejando desde 2006.
Como foi o seu planejamento para essa viagem?
Estudei todo o roteiro que me propus a realizar, antes de partir, dia 30/05/2009, já tinha programado todo o trajeto, as cidades que iria percorrer e pernoitar, comprei todas as roupas e equipamentos necessários e fiz uma revisão geral na moto. A Honda Twister 250cc se comportou muito bem, não quebrou nada, foi tudo perfeito com a moto. Realizei a viagem em 12 dias.
Por que resolveu fazer a viagem sozinho e com moto de baixa cilindrada?
Eu prefiro rodar sozinho, assim faço meu próprio ritmo. Por outro lado não acho perigoso rodar sozinho, porque quando estamos só, temos mais cuidado, pilotamos conforme nosso próprio limite, além de termos mais liberdade para fazermos exatamente o que desejarmos. Não é fácil achar amigos que tenham uma boa sinergia conosco para realizar viagens longas de moto.
Já viajar de moto de baixa cilindrada, não foi uma opção minha. A Twister 250cc é a moto que tenho hoje e que pude realizar a viagem. Por outro lado, foi bom ter feito a viagem com essa moto, agora posso provar que para realizarmos uma viagem de grandes distâncias, com estradas e pistas de todos os tipos, podemos sim fazê-la usando uma moto pequena, não precisamos esperar podermos comprar uma moto grande. O importante é realizar nossos sonhos.
Você cruzou lugares bastante 'inóspitos' do Brasil, sofreu algum tipo de problema de insegurança?
Do Rio Grande do Norte para o Pará, fiquei receioso, porque fui avisado por caminhoneiros, pessoas que conhecia nas paradas para comer e abastecer que estava num trecho perigoso, com muitos bandidos e falta de segurança. Mas não aconteceu nada comigo. Acredite se quiser, mas passei por cidades onde o uso do capacete era proibido pelos municípios, por uma questão de identificar quem pilota uma moto, mas sempre usei o capacete na viagem. O único acontecimento 'estranho' que vivenciei, foi ter sido parado por policiais, muito mal vestidos, que não queriam saber de documentos e sim de dinheiro para 'ajudá-los'.
O que mais te surpreendeu nessa viagem?
É muito difícil falarmos de uma ou duas coisas que mais nos chama à atenção numa viagem grande como essa. Mas, quero ressaltar como é impressionante a grandeza geográfica e natural do nosso país, incrível como existem pessoas que vivem na pobreza, mas são cordiais e sempre com sorriso no rosto. Fui bem recebido por todos os lugares que passei, aliás, todos sabemos que viajar de moto gera uma simpatia maior das pessoas.
O que você aconselha para aqueles motociclistas que desejam fazer uma viagem como a sua?
Planeje bem, faça tudo com calma e determinação, parta para a viagem e a realize. Não importa a cilindrada da moto, desde que a mesma o deixe seguro ao pilotar.