6.600 KMS DE MOTO PELO SUL DO BRASIL, URUGUAI, ARGENTINA E PARAGUAI. (2007) Depois de um ano de trabalho, mais uma vez chegaram as nossas esperadas férias. E como de costume, eu, Gilmar Calais Assafrão, e minha esposa, Simone Neto de Sousa Assafrão, colocamos nossa moto “XT 600 E” na estrada, nesta vez em uma viagem de 6.600 kms pelo Sul do Brasil. Também pela primeira vez, dando uma especial atenção a esta viagem, viajamos pelo Uruguai e Argentina e conhecemos também como capitais Montevidéu e Buenos Aires. A primeira incursão internacional sobre as rodas, um antigo sonho meu, apesar de uma perspectiva pequena, se mostrou muitíssimo interessante, sobre todos os aspectos. Foi muito gratificante conhecer um pouco da cultura, hábitos e costumes dos nossos vizinhos. Além disso, dismistifiquei os antigos conceitos que prevêem a mudança de costumes, documentos, idioma, hospitalidade, outras funções, comum em “marinheiros de primeira viagem”, como nós. Uma outra coisa que não chegou a ser um obstáculo, pois foi apenas uma constatação do que já foi lido em outros viajantes, mais deixou-nos muito felizes. Foi à cordialidade e simpatia do povo Uruguaio e Argentino em geral. As vezes, sem exceção, em nossa viagem que precisa de algum tipo de informação ou de ajuda, já estamos prontamente atendidos, tanto no Uruguai, como na Argentina. Nesta nossa viagem, como fantasias, as preciosidades já foram uma vez mais o prazer de encontrar os sermos carinhosamente recebidos, por alguns dos nossos amigos do “Clube XT600”, em algumas cidades por onde passamos. Na segunda parte da viagem, Luke & Cláudia e Luis Bombeiro & Lení. Estes amigos, também foram chamados através deste maravilhoso mundo virtual das duas rodas, que é o site - “www. XT600.com.br ”. Abaixo, segue um resumo dia-a-dia em nossa aventura sobre duas rodas: 24-02-2007 (sábado) - A ansiedade tomava conta, and na noite anterior a viagem, praticamente não dormido. My mother, how ever, veio se despedir da gente. O tempo estava bom e saímos por volta das 7:00 hs. Pegamos 17 kms da Rod. Washington Luiz, depois Linha Vermelha e finalmente um Dutra, todas com asfalto impecável. Depois de cerca de 350 kms rodados, encontramos em São José dos Campos / SP, o casal de amigos Luis Bombeiro e Lení, que saíram de Parati / RJ. Seguiu-se em São Paulo / SP, onde também se encontraram outros amigos, Luke & Claudia, que aguardavam ansiosos nossa chegada. Depois de um almoço na casa dos pais de Cláudia e família, seguimos viagem, passando pelo vício de São Paulo e pegando uma vara. Regis Bitencourt. Após rodarmos cerca de 350 kms de São Paulo / SP a Registro / SP, resolvemos pernoitar nesta cidade. O hotel foi do mesmo que já se apresentou na minha viagem ao Sul em 2004. À noite, saímo junto para comer pizza, acompanhada de algumas cervejas. 25-02-2007 (Domingo) - Saímos do hotel por voltas das 9:00 hs da manhã. O dia estava perfeito para viajar de moto, com sinal não muito forte e nem sinal de chuva. Logo chegamos à divisa SP / PR, onde paramos algumas fotos. Após 80 kms, outra parada obrigatória no pórtico da entrada da Serra da Graciosa para mais fotos. Descida esta bela estrada, que é uma das mais belas do Brasil, além de ser uma opção mais interessante para quem viaja até o Sul do país, evitando passar por Curitiba. Na descida, paramos fotos para fotos, tamanha a beleza do local. Passos por São João da Graciosa / PR e Morretes / PR, onde paramos para almoçar. A comer o tradicional barreado, mais acabado por um delicioso peixe grelhado (o preço é que não foi muito delicioso). Após o almoço, pegamos novamente a estrada, tirando as belas litorâneas de Matinhos / PR e Caiobá / PR, onde pegamos uma balsa em direção a Guaratuba / PR. Após mais 14 kms, chegamos a divisa PR / SC, onde mais paramos para mais algumas fotos. A primeira cidade Catarinense foi Garuva, onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família. onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família. onde também encontramos uma BR-101, duplicada e com asfalto excelente. Chegamos em Blumenau por volta das 20:00 hs, e logo telefonamos para o nosso amigo do Clube XT600 Renato Bigode. Aconselha-se a comer em casa o posto de gasolina na sua unidade, e todos os seus horários de casa, onde a cerveja é cheia de água da piscina, acompanhados do Bigode e família. 26/02/2007 (Segunda) - Na parte da manhã ao centro de Blumenau, eu, Luke, Bigode e Bombeiro, para uma pequena manutenção na moto do Bombeiro. Ficando muito bem impressionado com uma beleza e organização de Blumenau. Parabéns! O nosso almoço foi um delicioso churrasco, mais uma vez a beira da piscina, acompanhado de muitas cervejas e deliciosas caipirinhas preparas pelo Mestre Bigode. Neste dia, tivemos uma companhia de outro amigo do Clube XT, o Rubens Blumenau. Rubens, convidou-os a ir para a casa para uma confraternização, onde também foram convidados outros amigos do Clube XT de Blumenau. Nesta confraternização, em que fui muitíssimo bem recebido pelo Rubens e sua esposa Marisa, estavam eu, Simone; Bigode, Coca; Bombeiro, Lení; Clândio, Rejane e filho, Carlos “Mac Doador”; Wilson K, Ivone. Uma conversa, foi regada a muita cerveja e uma deliciosa macarronada, o tema principal, como não se pode deixar de ser, foram viagens, motos e o Clube XT. Terminamos esta noite com um passeio de moto pela belíssima Blumenau. 27/02/2007 (Terça) - Começa com um pouco de preguiça e ressaca do dia anterior. Lucas e Cláudia seguiram para Urubici / SC, onde marcam os dados no dia seguinte. Preparar um churrasco para o almoço, pela tarde, e depois para Balneário Camboriú / SC, eu, Simone; Bigode, Coca; Bombeiro, Leni. No caminho, passamos em Ilhota / SC, para visitarmos um pólo de lojas de confeitaria que existe. Os preços são muito convidativos, e fizeram uma alegria da mulherada. Saímos de ilhota e seguimos até a BR-101 em Itajaí / SC, depois passei pela rodovia turística Interpraias. Esta pequena rodovia, em que o nome já está tudo, é belíssima, e por isso ela chegou na praia do Estaleirinho, onde passou a tarde em um pequeno inverno bateu este paraíso do litoral catarinense. No final do dia, ainda saboream uma deliciosa Anchova grelhada com molho de camarão. Na volta, passamos pelo centro de Balneário Camboriú, muito bonito, limpo e organizado. Nesta cidade, é também o número de turistas Argentinos, que fazem à alegria do comércio local. 28/02/2007 (Quarta) - Depois de uma noite na estrada novamente. E após as despedidas do casal de casal, que nos receberam, Bigode e Coca-Cola e também Bombas e Lenços, que de Blumenau voltariam ao Rio de Janeiro. Seguimos a viagem pelo interior de Santa Catarina em direção a Uribici. Para quem não conhece Uribici, esta cidade fica situada na região da serra de Santa Catarina, próximo a São Joaquim, no alto da Serra do Rio do Rastro. No caminho, passamos pelas belas paisagens a beira da estrada e pelas cidades muito bonitas e bem cuidadas, como o Rio do Sul, Ituporanga, Alfredo Wagner, entre outras. Chegamos em Urubici por volta do meio dia, onde almoçamos em um restaurante simples, mais com uma comida muito boa e barata, indicado pelo frentista do posto de gasolina onde havêm havecido abastecido. Após o almoço, seguimos por uma estrada de chão de 12 kms até o asfalto que leva até o alto do Morro da Igreja. A vista do morro é belíssima, há algumas gravações em algum momento, tirando fotos e tirando algumas fotos, até a chegada de um disco nevoeiro, que forçou a nossa descida mais rapidamente. De volta a cidade, faça novamente nossos amigos Luke e Cláudia e resolvemos ficar hospedados no mesmo hotel em que estavam. Acho que o melhor hotel da cidade por módicos R $ 63,00 s diária de casal. Imperdível !!! Ao contrário de Blumenau, foi muito calor, em Uribici ficou um friozinho agradável, convidativo para uma boa noite de sono. E foi o que possibilitou uma saída pela cidade para comer alguma coisa, que foi abreviada pelo começo de uma chuvinha fina. 01/03/2007 (Quinta) - Neste dia, desceríamos à famosa Serra do Rio do Rastro, um dos nossos pontos mais altos de viagem e de onde seguiríamos para Torres / RS, onde iríamos conhecer como famosas falésias. Luke e Cláudia iriam nos acompanhar até Torres / RS, e de lá voltariam ao Rio de Janeiro. Logomarca de Urubici Após o café da manhã e após uns 60 kms rodados, chegamos ao começo da descida da famosa Serra do Rio do Rastro. Este ponto, existe uma área com um mirante de onde pode-se ver toda a estrada que desce a Serra com suas inúmeras curvas. Ao mesmo tempo, pode-se ver com tempo bom, o litoral de Santa Catarina. Uma paisagem, vista deste local e de qualquer olho, tamanho a beleza. A descida da Serra foi bem devagar, devido às curvas e às várias imagens para fotos, inclusive de um macaco, ao lado da estrada, sem muito se importar com a nossa presença. Após o término da descida do clima mudou radicalmente, a temperatura do alto da Serra mudou para um Sol forte e um calor de uns 36 graus. Passos por Lauro Muller, Urussanga, Criciúma e pegados a BR-101 (que está sendo duplicada neste trecho), com trânsito pesado e muitos caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos). com trânsito pesado e os outros caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos). com trânsito pesado e os outros caminhões. Chegamos no começo da noite em Torres / RS, e achamos um hotelzinho bom e barato. À noite, fomos comer uma caldeirada de peixe à beira-mar com algumas cervejas, que ninguém é de ferro (Ô vidinha mais ou menos). 02/03/2007 (sexta) – Saímos o quatro bem cedo para um pequeno passeio pela cidade e para conhecermos o Parque da Guarita, onde ficam as famosas falésias, que são torres ou pequenos canyons, que terminam a beira do mar. O visual do alto destes morros é fantástico ! Para se chegar ao alto, caminha-se por uma pequena trilha até o começo de uma escadaria de pedras que leva ao topo do morro. A subida e bem “light” ! Após ficarmos algum tempo contemplando o visual, voltamos para o hotel para arrumarmos as bagagens e voltarmos para a estrada. Infelizmente, também havia chegada à hora de nos despedirmos do casal de amigos Luke e Cláudia. Pois eles dali voltariam para casa, e eu e Simone seguiríamos em direção a Gramado e Canela, nosso próximo destino na Serra Gaúcha. Após as despedidas, saímos de Torres por uma rodovia a beira-mar, paralela a BR-101, até a cidade de Terra de Areia/RS, onde pegamos à nova rodovia Rota do Sol, que liga o litoral Gaúcho a Caxias do Sul/RS. Chegamos a Gramado no meio da tarde com chuva fina e neblina. Lá ficamos hospedados no hotel do SESC, que fica situado na avenida que liga as duas cidades. Após nos instalarmos no hotel, aproveitamos o final da tarde para visitarmos o museu do automóvel, localizado na mesma avenida. Como o tempo piorou, com uma chuva mais forte e muita neblina, resolvemos não sair nesta noite e ficarmos no hotel aproveitando a piscina térmica. 03/03/2007 (sábado) – Nossa intenção era aproveitar este dia para conhecer o máximo possível das belezas de Gramado/Canela. Pois tínhamos a intenção de seguir viagem na manhã do dia seguinte rumo a Rio Grande/RS, no extremo Sul do Brasil. Mais uma vez, saímos bem cedo, logo após o café da manhã. Nossa primeira parada foi no famoso pórtico da entrada de Gramado para algumas fotos. Depois seguimos para o centro de Canela, muito bonito, limpo e organizado. De lá fomos para a Floresta Encantada, que é um parque com uma imensa área verde, onde fica o famoso teleférico com 415 metros de extensão. Neste teleférico fizemos um passeio até o alto de uma colina, onde existe um mirante, com uma vista privilegiada de toda a região, e onde se vê ao longe a famosa Cachoeira do Caracol. Na outra extremidade do teleférico, chega-se a um riacho, em um belo trajeto que desce um vale, cercado de hortências por todos os lados. Depois deste passeio, seguimos para o Parque Estadual do Caracol, onde fica situada a cachoeira, em uma reserva florestal, com trilhas pela mata, passeio de trenzinho, elevador panorâmico, etc. Andamos bastante no parque e tiramos inúmeras fotos, e principalmente da cachoeira, com sua queda de 131 metros e beleza ímpar. Lá, também encontramos um casal de Iguaba/RJ, que são pais de um colega meu de trabalho. No começo da tarde, voltamos para o hotel para almoçarmos e fazermos um breve descanso. Por volta das 15:00 hs, seguimos para o centro de Gramado, onde estacionamos a moto, e saímos para explorar as belezas da cidade, que pare ser um imenso cartão postal, com uma nova atração aparecendo em cada esquina e praça, com exposições, lojas temáticas, feiras de artesanatos, etc. Como nem tudo é perfeito, os preços é que são pouco atrativos. Nocomeço da noite, assistimos em uma praça um grupo musical que se apresentava em trajes típicos Gaúchos. Por volta das 9:00 hs, com o começo de uma chuva fina e neblina, seguimos para o hotel e terminamos novamente o dia na piscina térmica, com direito a sauna e hidromassagem. 04/03/2007 (Domingo) – Nos despedimos de Gramado/Canela com um gostinho de “quero mais” e seguimos viagem em direção a Rio Grande, no extremo Sul do estado. Os primeiros 36 kms entre Gramado e Nova Petrópolis seguem por uma bela estrada rodeada de hortências, com muitas curvas (deliciosas de se fazer com a moto), e diversos sítios as suas margens, todos pequenos e muito bem cuidados, que somados as diversas pousadinhas rurais, dão um ar bucólico à região. Em Nova Petrópolis, pegamos a BR-116 em direção a Porto Alegre, muito bem cuidada, mais com pedágio, como todas as estradas da região. Nada lembrando os trechos destruídos desta mesma estrada que atravessamos nos estados de MG e BA, em nossa viagem do ano passado aos Lençóis Maranhenses/MA. Passamos por Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio e Canoas na região metropolitana de Porto Alegre. No entorno da capital, como em toda cidade média e grande do Brasil, infelizmente vimos muitas favelas e miséria. Depois da capital Gaúcha, a BR-116 se resume a uma grande reta de cerca de 250 kms até a cidade de Pelotas, que fica 50 kms antes de Rio Grande. Ao chegarmos em Rio Grande fomos calorosamente recebidos pelo nosso amigo do Clube XT, João Serra, sua esposa Mariângela e sua filha Lili. O resto da noite foi dedicado a muito bate papo com nossos amigos sobre motos, viagens, Clube XT e o Uruguai. Nosso próximo destino, terra natal do pai do João, e país do qual ele é profundo conhecedor. 05/03/2007 (Segunda) – Saímos com o João de carro, que nos mostrou e contou muito da história de Rio Grande (que é a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul) e seus arredores. Começamos o dia visitando as ilhas do Leonídio e Marinheiros (esta foi a primeira produtora de vinhos do Brasil, abastecendo o Rio e São Paulo), que ficam na lagoa dos Patos (que é uma das maiores do mundo), de frente a cidade de Rio Grande; depois o centro de Rio Grande e a cidade também histórica de São José do Norte (onde começa a estrada BR-101), e onde se chega de barco a partir do porto de Rio Grande; Os Moles da Barra, que são dois braços de pedras que adentram o mar com 4 kms e 6 kms de extensão cada e profundidades média de 22 metros, feitos para que os grandes navios cheguem ao mesmo porto; a praia do Cassino, que é a maior do mundo, com cerca de 200 kms, começando em Rio Grande e seguindo até a fronteira do Uruguai. E depois deste agradável dia de passeios pela cidade, em que fomos brilhantemente ciceroneados pelo João, saboreamos uma “deliciosa” moqueca de camarão em sua casa, feita pela sua esposa Mariângela. 06/03/2007 (Terça) – Eu e João passamos toda a manhã no centro de Rio Grande na frustrada tentativa de conseguir tirar a Carta Verde (Seguro internacional de veículos automotores contra terceiros). Porém, em todas as corretoras e bancos que tentamos conseguir o documento, a resposta era sempre a mesma - “Estamos proibidos de fazer a Carta Verde para motos”. Tentamos também obter alguma informação no Consulado do Uruguai em Rio Grande, mais de nada adiantou, pois a única pessoa que se encontrava no Consulado e nos atendeu, sequer sabia ao certo, quais os documentos realmente seriam necessários para entrarmos no Uruguai. Na verdade, segundo um corretor de seguros de Rio Grande, que demonstrou toda a boa vontade para conosco, mais também nada pôde fazer para nos ajudar. Na reunião entre os presidentes do Mercosul em Ouro Preto/MG, em que foram definidas as diretrizes para o trânsito de veículos entre estes paises membros, ficou decidido que a Carta Verde seria de porte obrigatório somente para carros, caminhões e ônibus, excluindo-se as motos desta obrigatoriedade. Porém, a polícia dos países hermanos, com a intenção de criar dificuldades para vender facilidades (Se é que me entendem). Passou a exigir a Carta Verde dos motociclistas viajantes, o que tornou “informalmente” obrigatório o tal documento para as motos. As seguradoras por sua vez, aceitavam até bem pouco tempo fazer Carta Verde para as motos pelo mesmo preço cobrado dos carros. Até descobrirem agora, que não estava mais sendo vantajoso fazê-lo, em função do grande número de sinistros com os veículos de duas rodas. Diante deste problema, para nós motociclistas restam três alternativas : 1 – Não fazer a Carta Verde e tentar explicar para o policial, caso ele peça este documento (muito provavelmente ele pedirá), que ele está mal informado, e que a Carta Verde não é obrigatória para motos, assim como, o extintor de incêndio e o triângulo (Quem conhece a fama da policia Hermana, jamais irá optar por esta alternativa). 2 – Fazer a Carta Verde específica para motos, que é caríssima e pouquissímas seguradoras tem interesse em fazer. 3 – Procurar um despachante na fronteira, negociar com ele, comprar e preencher o formulário da Carta Verde com os dados da moto (sabendo que a 2º via deste formulário jamais será enviado para a seguradora). Assim, você terá o papel físico para mostrar para a policia, em caso de exigência. Mais em caso de um acidente, você não contará com qualquer tipo de cobertura. (Optamos por esta alternativa e conseguimos o papel no Chuí em menos de dez minutos). Depois de decidirmos por esta última alternativa acima com relação à Carta Verde. Almoçamos mais uma vez com nossos amigos João, Manja e Lili, e após uma difícil despedida, onde as lágrimas foram inevitáveis. Pegamos a estrada novamente por volta das 13:00 em direção ao Uruguai. Logo na saída de Rio Grande, em um posto onde paramos para abastecer, encontramos um grupo de motociclistas de Poços de Caldas/MG, que estavam vindo desde Ushuaia com vistosas BMW’s e V’Strom’s . Tentei puxar conversa com eles, interessado na viagem ao “Fim do Mundo” (Um antigo sonho meu), e também a fim de saber deles a impressão que tiveram do Uruguai. Porém, a reciprocidade não foi homogênea, e somente um deles, se mostrou interessado em ajudar-me com algumas dicas. Então, saímos em direção ao Chuí, por uma reta de 200 kms que separam Rio Grande desta cidade. Lá chegando, abastecemos pela última vez no Brasil. Uma quadra após o posto, uma árvore com um canteiro verde e amarelo de um lado e azul e branco do outro, demarca a fronteira internacional entre o Brasil e o Uruguai. Troquei no lado Uruguaio Reais por pesos Uruguaios, achei interessante o tamanho das cédulas, bem maiores que as brasileiras, e o valor nominal (R$ 750,00 foram trocados por 7.950 pesos Uruguaios). Na Aduana Uruguaia, situada 3 kms após o centro do Chuy, os trâmites foram rápidos e fáceis. São exigidos somente a cédula de identidade Brasileira (expedida pela secretaria de segurança pública dos estados), e os documentos da moto em nome do condutor. Nenhuma taxa nos foi cobrada e todos os funcionários foram simpáticos e solícitos. Estávamos agora na Ruta 09, com pista de mão dupla e asfalto impecável. Depois de cerca de 10 kms rodados, esta mesma pista fica mais larga em um ponto, que é usado também para pouso de aviões. Ficamos imaginando o risco de acidentes durantes a descida de aviões naquele local. Visitamos o Forte de Santa Teresa, situado entre a Ruta 09 e o mar, dentro de um Parque Florestal, em uma imensa área verde, com toda a infra-estrutura para a prática do camping, onde encontramos diversas famílias acampadas. Vale ressaltar a limpeza do local e a cordialidade dos militares, que tomam conta do parque. Voltamos à estrada, e ficamos felizes no primeiro pedágio, ao sabermos que motos não pagam pedágio no Uruguai. No final da tarde, chegamos à cidade de Rocha, onde ficamos no único hotel da cidade com cocheira (garagem). Infelizmente, neste hotel só havia um minúsculo quarto disponível, mais sem alternativa, resolvemos dormir ali mesmo. Jantamos no próprio hotel, e tivemos o primeiro contato com a culinária Uruguaia, a base de carne (com muita gordura), pão e batata. Brindamos também nossa primeira noite fora do Brasil, com uma deliciosa cerveja de um litro Patrícia. Durante um breve passeio pelos arredores do hotel, antes do jantar, observei o grande número de carros antigos existentes na cidade, fabricados nas décadas de 60 e 70, em contraste com reluzentes Pick-up’s Toyota. Ao comentar este fato com o simpático dono do hotel, Sr. Richard, que nos servia ao mesmo tempo em que conversarmos sobre as particularidades do Brasil e do Uruguai, o mesmo falou-me ser esta era uma característica cultural da região. Na verdade, vimos esta particularidade com relação aos carros em todo o Uruguai. Porém, não vimos favelas, mendigos, etc, ou algum outro sinal de violência, ou de grande desigualdade social. O que demonstra claramente que a desigualdade social neste pequeno país, se encontra em níveis bem menores que no Brasil, onde o abismo social cresce cada vez mais a cada dia. 07/03/2007 (Quarta) – Acordamos cedo para darmos uma pequena volta pelo centro de Rocha. No dia anterior nem havíamos notado a bonita praça arborizada em frente ao hotel. As adolescentes com suas saias xadrez seguindo para a escola, e as roupas das pessoas de forma geral, dão à impressão de sociedade conservadora ao povo Uruguaio. Nas lojas, motos a venda nas vitrines junto de todo tipo de eletrodomésticos. No Uruguai, as motos, ao contrário dos carros, são em geral novas e de baixa cilindrada (no máximo 125), das mais variadas marcas e modelos, quase sempre “made in China”. Em todos os 1.200 kms rodados dentro do Uruguai, a única moto de grande cilindrada que vimos, foi uma V-max, perto de Punta Del Este. Daí, em nossas paradas nos postos para abastecimentos, a XT 600 chamava muito a atenção, e sempre alguém vinha puxar conversa, de forma simpática, sobre o consumo, cilindrada, velocidade média, etc. Depois deste pequeno passeio matinal, tomamos o fraco desayuno (café da manhã) Uruguaio no hotel, que nem de longe lembrou os fartos cafés da manhã dos hotéis Brasileiros, com frutas, sucos, bolos, pães, etc. Abastecemos a moto pela primeira vez com a boa gasolina Uruguaia, em um posto Texaco ainda dentro de Rocha. A gasolina (sem álcool), custou o equivalente a R$ 2,74 o litro. Apesar do meu receio da XT 600 (acostumada a nossa péssima gasolina Brasileira), não funcionar bem com gasolina pura Uruguaia, não tivemos nenhum problema neste sentido, e a performance e consumo não se alteraram. Continuamos na Ruta 09, com belas paisagens, entre pequenas vilas e fazendas. A polícia camineira, apesar de bastante presente na estrada, não nos parou em nenhuma ocasião, e até nos acenou amigavelmente em uma das várias passagens pelos postos de fiscalização. Entramos por uma estrada a beira mar antes da cidade de Maldonado que nos levou a Punta Del Leste. Punta surpreendeu-nos com toda sua riqueza e ostentação. Vários hotéis de luxo, casas cinematográficas, carrões de luxo, iates não menos luxuosos e transatlânticos recheados de turistas. Como nosso perfil $$$$$$$, não era muito adequado ao local, e modéstia à parte, aqui no estado do Rio de Janeiro temos praias bem melhores e mais bonitas, tiramos somente algumas fotos, além de um breve passeio pela cidade, e seguimos em direção Montevidéu, agora em uma estrada ainda melhor e de pista dupla. Chegamos a capital Uruguaia por uma avenida larga, em um bairro com diversas mansões (todas sem muros). Também não vimos favelas e pedintes nos sinais de trânsito, o que nos deixou muito bem impressionados. Mais como nada é perfeito, o trânsito da capital é complicado, e a sinalização quase inexistente. Por conta disto, tivemos dificuldades de encontrar a saída para Colônia Del Sacramento, no outro extremo da cidade. Nesta hora, pedimos ajuda a um motorista, que prontamente nos ajudou, inclusive nos guiando até bem próximo à saída da cidade. Depois de cerca de 600 kms rodados neste dia, chegamos no começo da noite em Colônia Del Sacramento. Depois de uma rápida pesquisa de preços, resolvemos ficar no hotel Riviera, onde fomos atendidos pelo simpático Sr. Juan Carlos, que mesmo não tendo “cocheira” no hotel, nos conseguiu um lugar seguro para guardamos a moto em uma espécie de depósito pertencente ao hotel. À noite, fomos até a estação do Buque Bus, situada a duas quadras do hotel, onde comprarmos passagens para Buenos Aires para dia seguinte. O Buque Bus é um barco de passageiros, muito luxuoso, com free shopping, restaurante, lanchonete, etc, que faz a travessia de Colônia Del Sacramento para Buenos Aires, em cerca de uma hora pelo Rio da Plata. Com as passagens na mão, fomos a um restaurante, indicado pelo Sr. Juan Carlos, onde comemos um prato típico do Uruguai, chamado chivitos, que é uma espécie de super sanduíche Bauru, acompanhado de uma deliciosa cerveja Pilsen de um litro. 08/03/2007 (Quinta) – Acordamos ansiosos, pois iríamos conhecer a capital Argentina, um dos pontos altos da viagem. Estávamos também um pouco preocupados com os riscos, comuns em todas as grandes cidades, como Buenos Aires, que é uma das maiores do mundo. Também tínhamos um pouco de receio do povo Argentino não ser parecido com o Uruguaio no perfeito tratamento com os turistas. Pura paranóia de marinheiros de primeira viagem . Durante quase todo o dia uma chuva intermitente foi nossa indesejável companheira, mais nada que tirasse o brilho do passeio. Principalmente porque nossa valente XTE 600 teria um merecido descanso neste dia, e sem a moto, ficaríamos menos suscetíveis as variações do tempo. A passagem do Buquebus estava marcada para as 10:00 hs, mais chegamos com uma hora de antecedência, a fim de trocarmos pesos Uruguaios por pesos Argentinos e fazermos o check-in sem pressa. Passamos pelo check-in, onde havia uma pequena fila, depois pela Aduana Uruguaia para os trâmites de saída do país. Na aduana Argentina, o funcionário ao ver que nós éramos Brasileiros, nos recebeu com um simpático e caloroso “Bom dia !!!”, nos deixando muito à vontade e felizes por sermos recebidos com uma tão grande demonstração de simpatia, e ao mesmo tempo nos tirando muitos grilos da cabeça. Após nossa liberação pelas autoridades de imigração, seguimos por um corredor que nos levou para dentro do buquebus. Confesso que a principio, nós dois nos sentimos até um pouco constrangidos, diante do luxo e da elegância das pessoas. Quem viaja de moto sabe o que eu estou falando, pois com o espaço reduzido para bagagens, fica impossível de se levar roupas adequadas para diferentes ocasiões. No final, esta nossa pequena preocupação fútil foi motivo de gargalhadas, ao encontrarmos alguns turistas “mochileiros” Europeus. Digamos, mais despojados que a gente, e ainda deitados no chão acarpetado de limpeza impecável do barco ( que mais parece um shopping flutuante), em frente ao vitrines do free shopping. Devido à diferença do fuso horário, chegamos a Buenos Aires exatamente as 10:00 hs . A estação onde desembarcamos é bem mais luxuosa e estruturada que a estação do lado Uruguaio. Facilmente conseguimos um táxi, dirigido pelo simpático Sr. Sorzo, que após uma rápida negociação cobrou-nos 80 pesos para ficar a nossa disposição durante 3 horas, nos levando nos principais pontos turísticos da capital Portenha. Nossa primeira parada foi em um luxuoso barco cassino; depois fomos ao estádio da Bomboneira, sede do time do Boca Juniors, situado no famoso bairro La Boca, com suas casas coloridas, que foi o primeiro bairro fundado por imigrantes Europeus; depois a Plaza de Mayo, onde foi fundada a cidade e palco de grandes manifestações políticas da história da Argentina, e também onde as mães da Plaza de Mayo se reúnem toda quinta feira num protesto silencioso contra os mortos e desaparecidos durante o regime militar, além do local onde se encontra a Casa Rosada, sede do governo Argentino; conhecemos também o elegante bairro da Recoleta, que lembra um pouco Paris, com inúmeros cafés, mesas com guarda-sóis na calçada e antiquários, e terminamos nosso tour de táxi pela capital conhecendo o monumento Obelisco e a sede do Legislativo Federal na avenida 9 de junho (a mais larga do mundo), onde depois fomos deixados pelo Sr. Sorzo nesta mesma avenida, em frente a um restaurante típico Argentino, onde almoçamos e fizemos um pequeno passeio a pé pelo centro. A nossa volta para a estação do buquebus foi novamente de táxi, e lá chegamos por volta das 16:00 hs. Como nossa passagem de volta estava marcada para as 18:00 hs, tivemos tempo para descansar um pouco e comentarmos os lugares e belezas que conhecemos neste dia mágico em Buenos Aires. Durante esta espera, também conheci dois Americanos que estavam a quatro meses viajando de moto. Vieram em duas KTM’s 950 Adventure desde os EUA até Ushuaia e depois voltaram até Buenos Aires. Iriam mandar as motos de volta de avião para os EUA, mais antes iriam fazer um tour pelo Uruguai. Fiquei impressionado quando um deles me falou que pagou U$ 12.000,00 pela sua KTM nos EUA, e ele mais ainda quando falei que esta mesma moto vale cerca de R$ 54.000 aqui no Brasil (difícil foi fazê-lo entender que aqui a metade deste valor vai para o governo). Ví algumas fotos da viagem deles e lhes falei que esta viagem era também o maior sonho da minha vida. E acho que da maioria dos motociclistas que realmente gostam de viajar. E que quando conseguisse realizar este sonho (vou conseguir ao me aposentar se Deus Quiser !) Eu iria lhe visitar nos EUA e tomaríamos algumas cervejas juntos. Como a chuva já havia cessado, fomos acompanhados durante toda a viagem do belo visual do pôr do Sol no Rio da Plata, com os últimos raios de Sol refletindo em suas águas. Chegamos às 20:00 hs em Colônia Del Sacramento, pois agora o fuso horário marcava uma hora a mais no Uruguai. Terminamos este belo dia, comemorando o sucesso do nosso passeio a Buenos Aires, jantando novamente no mesmo restaurante do dia anterior, onde desta vez, eu comi um “pólo com fritas” e a Simone um prato de massas, acompanhados, é claro, de uma deliciosa cerveja Pilsen de l litro. 09-03-2007 (Sexta) – A partir deste 14º dia da nossa viagem, cada km rodado nos levaria para mais perto de nossa casa, pois estávamos agora começando nossa volta. Então, planejamos chegar em Itaqui/RS, distante 750 kms de Colônia, onde iríamos visitar um estimado casal de amigos, o Luciano e a Andréia, que eu tive o prazer de conhecer, através do Clube XT, em minha viagem “solo” a Bonito/MS em fevereiro/2005. Tomamos nosso “desayuno”, nos despedimos do Sr. Juan Carlos, agradecendo toda a simpatia e gentileza dispensada para conosco, e por volta das 7:30 hs da manhã já estávamos na estrada novamente. A moto, depois de um merecido dia de descanso, voltava ao seu “habitat” natural, a estrada ! E nós também, porque não ! Depois de um dia de turistas “normais”, andando de barco e táxi, voltávamos também ao nosso “habitat” natural, ou seja, montados em nossa poderosa XTE 600, comendo estrada, vendo belas paisagens, sentindo o vento da estrada e transpirando felicidade. Depois de rodarmos aproximadamente 100 kms pela Ruta-1, já perto da cidade de Carmelo, fomos surpreendidos pela pista interditada, devido a um grande alagamento próximo a uma ponte, resultado das fortes chuvas da noite anterior. Ficamos preocupados com a possibilidade de termos que voltar para Colônia, para pegarmos a Ruta-2 em seu inicio, dando uma volta de mais de 250 kms. Estávamos ali quase resignados com a nossa falta de sorte, que jogaria um balde de água fria em nossas pretenções de chegarmos em Itaqui ainda naquele dia. Quando chegaram dois irmãos em uma Pick-Up S10, e logo se ofereceram para nos guiar por um atalho, que eles também usariam, por uma estrada de rípio de 40 kms, desviando deste trecho alagado. Não pensamos duas vezes, e seguimos por esta estrada junto com nossos novos amigos. Depois de muito agradecer a estes dois novos anjos da guarda que cruzaram nosso caminho. Também por indicação deles, seguimos por outra estrada secundária, agora asfaltada, saindo da Ruta-1 e passando pelas cidades de Tarariras, Miguelete e Cadorna, onde pegamos a Ruta-2, menos suscetível a alagamentos. A Ruta-2, também com asfalto impecável, é a segunda estrada mais importante do Uruguai (a primeira é a Ruta-1). Entre as belas paisagens às margens desta estrada, se destacam os enormes campos de girassóis e as simpáticas cidadezinhas, todas cortadas pela rodovia neste trecho. Por volta do meio dia, chegamos à primeira grande cidade do trajeto, Mercedes, onde abastecemos, e apesar de estar na hora do almoço, como não tínhamos muita fome, resolvemos comer apenas duas barras de cereal cada um. Na cidade de Fray Bentos, deixamos a Ruta-2 e pegamos a Ruta-3 em direção a fronteira do Brasil, distante ainda 340 kms. Neste trecho, a estrada segue paralela a fronteira com a Argentina, e as cidades ficam mais distantes umas das outras. Porém, os campos de girassóis continuam dominando a paisagem. Nos 100 kms antes da fronteira, passamos por algumas estâncias hidrominerais, entre elas a cidade de Salto, com diversos hotéis luxuosos e parques com suas águas medicinais. Chegamos à cidade de Bella Union na fronteira com o Brasil ás 17:40 hs, onde aproveitei para gastar os meus últimos pesos Uruguaios abastecendo a moto, e como ainda sobraram alguns trocados, troquei o restante em uma casa de câmbio da cidade. Os trâmites de saída na aduana Uruguaia foram rápidos e fáceis, e os funcionários gentis e educados mais uma vez. Ficamos muito bem impressionados com o Uruguai e os Uruguaios ! Boas estradas, belas paisagens, bons preços, povo gentil e solicito, entre outras coisas. O tempo que estava perfeito até então, mudou radicalmente, e logo após Barra do Quarai/RS, começou uma chuva fina e intermitente. A partir de Uruguaiana (100 kms antes de Itaqui), enfrentamos o trecho mais stressante de toda a viagem, com a chegada da noite, acompanhada da chuva agora forte e buracos na pista. Apesar de todas estas dificuldades, resolvemos continuar em ritmo bem mais lento, e seguir até Itaqui, onde chegamos por volta das 20:00 hs, encharcados, exaustos, mais felizes por termos conseguido cumprir nosso objetivo. Na entrada da cidade, nos protegemos da chuva na marquise de um supermercado, e ligamos para o Luciano, que rapidamente veio ao nosso encontro, nos recebendo com um caloroso abraço de boas vindas e nos levando para sua casa, onde fomos maravilhosamente bem recebidos também por sua esposa Andréia. Depois desta carinhosa recepção, seguimos para um animado churrasco organizado pelo Luciano e pelos seus amigos motociclistas de Itaqui, onde fomos igualmente muito bem recebidos por todos, e terminamos o dia neste autêntico churrasco motociclista dos Pampas, regado a muita cerveja num clima de muita amizade e companherismo. 10/03/2007 (sábado) – Como o Luciano teria que trabalhar na parte da manhã deste sábado, ele gentilmente pediu ao amigo motociclista Guto para me levar até uma oficina de motos de um amigo, onde eu troquei o óleo, e aproveitei para fazer uma pequena revisão na moto, onde descobri que os buracos da noite anterior entre Uruguaiana e Itaqui, haviam quebrado três raios traseiros da moto, que tiveram que ser substituídos. Com a chegada do Luciano, almoçamos todos juntos em sua casa, uma deliciosa comida preparada por sua esposa Andréia. À tarde, o Luciano reuniu outros amigos motociclistas, e fizemos um pequeno passeio por Itaqui e arredores. No final da tarde, fomos todos assistir o pôr do Sol no Rio Uruguai, onde também combinamos de nos encontrarmos novamente à noite, para irmos a um barzinho para tomarmos algumas cervejas geladas, e continuarmos nosso saudável bate papo. E assim, terminamos este agradável dia junto dos nossos novos “velhos” amigos de Itaqui/RS. Gostaria de mandar um grande abraço para toda esta turma de Itaqui que tão bem nos recepcionou : Guto e Rita; Beregaray e Rose; De Souza e Elizângela; Pimenta e Cocota e João Rossi e Maritiza, além é claro, de nossos grandes amigos que nos receberam maravilhosamente em sua casa, Luciano e Andréia. 11-03-2007 (Domingo) – Ficamos felizes com a decisão do Luciano e da Andréia, que resolveram nos acompanhar até São Borja, onde moram os pais do Luciano, e para onde seguimos à tarde. Nos cerca de 90 kms entre Itaqui e São Borja, a BR-472 se encontra em boas condições, e nos chamou a atenção os grandes campos de plantação de arroz, com suas enormes máquinas colheitadeiras trabalhando a todo vapor, apesar de ser um domingo. Chegamos em São Borja no começo da noite, e fomos muito bem recebidos pelo Sr. Ricardo Fitz e Sra. Lucí Fitz, pais do Luciano. À noite, fomos passear na cidade de San Tomé/Argentina, distante somente 23 kms de São Borja, onde conhecemos um luxuoso cassino e aproveitamos também para abastecer as motos com a boa e barata gasolina Argentina. 12-03-2007 (Segunda) – Eu e o Luciano fomos cedo a uma casa lotérica para eu tirar uma nova carta verde para circular dentro da Argentina. Em São Borja, para o meu espanto, ao contrário de Rio Grande, a carta verde foi feita sem nenhum problema para a moto. Em seguida, fomos para uma oficina para trocar a lâmpada do farol baixo da minha moto. Por volta das 10:00 hs, já estávamos de volta à casa dos pais do Luciano. Então, havia chegado à hora de mais uma difícil despedida, agora deste maravilhoso casal de amigos, Luciano e Andréia, que nos receberam de braços abertos em sua casa, e nos deram o prazer de sua companhia por três dias. Seguíamos agora em direção a Foz do Iguaçu, via região de Missiones na Argentina. Na fronteira chama a atenção à estrutura da aduana integrada Brasil/Argentina, com casa de câmbio, banheiros impecáveis, sala de informações, etc, e tudo muito rápido e fácil. Logo após San Tomé, fomos parados na estrada pela polícia, que para nosso espanto e alegria, rapidamente conferiu nossos documentos e nos liberou para seguirmos viagem. Nesta Ruta-40, o asfalto é impecável e a sinalização perfeita, e é difícil passar por ali e não se lembrar das péssimas estradas que temos no Brasil. Esta região de Missiones é uma região com grande potencial turístico, e nota-se a preocupação do governo Argentino em fomentar esta industria do turismo, através de uma boa infra-estrutura para este desenvolvimento. Passamos por simpáticas e belas cidadezinhas, entre elas : Apostoles, Cerro Azul (onde fomos parados pela policia pela segunda vez, novamente sem problemas), Leandro N. Além, Oberá e 2 de Mayo. Em 2 de Mayo, almoçamos uma deliciosa parrilha por módicos 8 pesos por pessoa. Nesta cidade, abandonamos também a Ruta-14 e pegamos uma estrada secundária, passando por uma bela serra, até a cidade de El Alcazar, onde pegamos a Ruta-12. Na cidade de Caragatay, visitamos o museu Che Guevara, construído em uma casa, distante 3 kms por estrada de chão da Ruta-12, onde o líder revolucionário passou parte de sua infância. Continuamos em direção a Porto Iguazú, na fronteira com o Brasil. Porém, na cidade de Eldorado, distante ainda 100 kms da fronteira, fomos apanhados por uma chuva, que nos acompanhou durante todo o restante do percurso até Foz do Iguaçu. E por conta disto, diminuímos o ritmo da tocada, e só chegamos à fronteira por volta das 18:00 hs. Os trâmites, mais uma vez foram rápidos e fáceis, apesar do grande movimento de carros na aduana, principalmente Brasileiros, que estavam voltando para Foz do Iguaçu com o tanque cheio da boa e barata gasolina Argentina. Em Foz, ficamos hospedados no mesmo hotel em que eu já havia ficado na minha viagem de 2004. Situado no centro da cidade, com garagem para a moto, café da manhã muito bom, Tv a cabo e Ar condicionado, pagando R$ 55,00, á diária de casal. Como estávamos bastante cansados, comemos alguma coisa no próprio hotel, e fomos dormir cedo neste dia. 13/03/2007 (Terça) – Reservamos este dia para visitarmos as Cataratas do Iguaçu do lado Argentino. Então, após o café da manhã, pegamos nossa moto e seguimos novamente em direção a aduana Argentina. Aproveitamos, e damos também um rápido passeio pela simpática cidade de Puerto Iguazú. Que vive em função do turismo para o Parque Nacional do Iguazú, onde ficam situadas as Cataratas, na fronteira com o Brasil. Na cidade, vimos diversos hotéis, pousadas e cassinos para todos os gostos e “bolsos”. De lá, seguimos para a sede do parque, distante 15 kms do centro da cidade, onde encontramos diversos ônibus de turismo, chegando com turistas de diversas partes do mundo. Na bilheteria, pagamos 18 pesos por cada ingresso, com direito ao passeio de trenzinho, que parte de uma pequena estação na sede do parque, até outra estação, que fica no começo da passarela que leva os turistas até a Garganta Del Diablo. Que foi o primeiro local que visitamos, com uma vista privilegiada das Cataratas, situado a poucos metros da queda d’água principal. É difícil colocar em palavras, a emoção que é estar ali diante deste belíssimo espetáculo da natureza. Eu, apesar de já ter tido o prazer de conhecer as Cataratas em outra viagem em 2004. Não fiquei menos emocionado, que a Simone, que visitava o local pela primeira vez. Após inúmeras fotos para registrar aquele momento de emoção e beleza ímpar, seguimos nossa caminhada pelo Parque e suas inúmeras atrações. Vale salientar, que todo o Parque é muito organizado e sinalizado. Tornando totalmente dispensável a contratação de guias e transporte a partir de Foz do Iguaçu. Na minha primeira viagem em 2004, por desconhecer totalmente esta facilidade, paguei R$ 60,00 reais para realizar este mesmo passeio (não incluso a entrada do Parque, que foi paga separadamente), através de uma operadora de turismo de Foz. Desta vez, fomos em nossa moto, e pagamos somente os 18 pesos da entrada do Parque. Almoçamos bem por apenas 8 pesos, em um grande restaurante situado na área central do Parque, de onde partem todas as trilhas para as diversas atrações. Após o almoço, seguimos por uma destas trilhas em direção a parte baixo do Parque, de onde saem os botes em direção as quedas d’água, fazendo a alegria dos turistas, que chegam deste passeio ensopados, mais felizes com a emocionante experiência. E conosco, não foi diferente. No final da tarde, depois deste dia maravilhoso no Parque Nacional do Iguazú, voltamos para Foz, cansados, mais extasiados e felizes com todas as belezas que vimos neste dia. Aproveitamos também para uma última rápida passadinha em Puerto Iguazú, onde enchemos o tanque da moto pela última vez com a gasolina Argentina. À noite, ligamos para mais um amigo virtual do Clube XT , o Ivan “Máster Foz”, gente muito boa, que também tivemos o prazer de conhecer pessoalmente. Ciceroneados pelo Ivan, fizemos um “tour” pela cidade de Foz do Iguaçu, e terminamos à noite em um simpático quiosque, ponto de encontro do pessoal do Clube XT em Foz. Onde conhecemos também os novos amigos, Jorge “Morcego” , Rubens (nosso conterrâneo de Petrópolis/RJ), Clóvis, Edinei (Smagle) e Cristina. 14/03/2007 (Quarta) – Combinamos com o Ivan, de irmos, ciceroneados por ele, até o Paraguai para fazermos umas comprinhas. Então, após o café da manhã, nos encontramos com ele em frente ao hotel, para seguirmos juntos até Cidade Del Leste. Confesso, que fiquei meio reticente em entrar de moto no Paraguai, devido às histórias de roubo de motos, polícia corrupta, etc. Mas, encorajados pelo Ivan, que sempre repetia, com um largo sorriso, “Não se preocupem, vcs estão comigo.” Resolvemos seguir em frente. Na ponte da amizade, pegamos muito trânsito de carros, em sua maioria, caindo aos pedaços, e centenas de pequenas motos. Ambos, carregando todo tido de mercadoria e pessoas, entrando e saindo do Paraguai. Logo depois de conseguirmos atravessar a ponte. Um policial Paraguaio parou o Ivan (que seguia na nossa frente), pedindo os documentos dele e da moto, que foram rapidamente apresentados. O policial, ao ver que os documentos da moto do Ivan eram de Foz, perguntou se nós estávamos juntos dele, e com afirmativa do Ivan, ele nem pediu para ver nossos documentos, e nos liberou rapidamente. Depois deste pequeno contratempo, seguimos para um estacionamento particular, onde deixamos nossas motos. Cidade Del Leste, é o que podemos chamar de Babel dos tempos modernos. Para quem mora no Rio, e conhece a região da Central do Brasil e camelôdromo, e para quem mora em São Paulo, e conhece a região da 25 de março. É só pegar o que já conhecem, aumentar o espaço e piorar bastante. Na cidade, chama a atenção, a sujeira e bagunça nas ruas, além de muitas pessoas com grandes pacotes (atropelando umas as outras), milhares de camêlos (que tentam te empurrar todo tipo de produto), e um trânsito louco (em que todos buzinam sem parar, e ninguém respeita nada). As opções gastronômicas, à venda nas ruas, são um capítulo à parte, e nossa maior incursão neste sentido, foi uma singela coca-cola em lata. Visitamos várias lojas e galerias, na maioria, pertencentes a Brasileiros, e vimos todo tipo de mercadoria, com preços inacreditavelmente baratos. Mas, infelizmente (ou felizmente), como estávamos com o orçamento um pouco apertado, afinal, já estávamos fora de casa, viajando, 18 dias. Tivemos que escolher muito, dentre as diversas opções, para decidir o que comprar. Acabamos optando por dois MP4’s, uma nova memória de 1 GB para nossa câmera fotográfica, alguns perfumes, dois colchões infláveis e uma mochila Camel Back (mochila hidratação para viagens e caminhadas). Além de um par de sapatos novos para nossa moto, da marca Rinaldi, pagando inacreditáveis R$ 120,00 reais (o par). O mais incrível é que estes pneus são fabricados aqui no Brasil, no estado do Rio Grande do Sul. Depois de colocarmos os pneus novos em nossa moto, ainda em Cidade Del Leste (pois não é permitido voltar ao Brasil com os pneus fora da moto). Voltamos novamente pela ponte da amizade, com um trânsito agora bem pior que na entrada, e tivemos que enfrentar literalmente um empurra-empurra de motos, para conseguirmos chegar sãos e salvos a Foz do Iguaçu. Onde, o Ivan levou-nos para almoçar em um restaurante a kilo, com uma comida deliciosa, e um precinho excelente. Á tarde, acompanhados mais uma vez do nosso cicerone Ivan, e do Jorge “Morcego”. Fomos visitar a Usina de Itaipu, que é a maior usina Hidrelétrica do mundo, onde assistimos um filme sobre sua história, desde a construção até os dias de hoje, e fizemos um tour de ônibus, com duração de 1 hora, por todas as instalações do complexo energético. Em média, por dia, 1.500 turistas de todo o mundo, visitam a Usina, que é um dos maiores orgulhos da engenharia nacional. Os números da Usina, impressionam qualquer um, 8 kms de comprimento e 196 metros de altura, potência instalada final de 14.000 MW (megawatts), com 20 unidades geradas de 700 MW cada. No final de mais este maravilhoso passeio, seguimos para o centro de Foz, onde nos despedimos em frente ao hotel, e marcamos de nos encontrarmos novamente à noite, no mesmo quiosque, onde vimos todos mais uma vez, e aproveitamos para nos despedirmos destes novos amigos de Foz, e principalmente do Ivan, que nos deu toda a ajuda e apoio na cidade, mostrando o verdadeiro espírito do motociclismo. Obrigado Ivan !!! Como não poderia deixar de ser, a despedida foi regada a muitas cervejas, é claro !!! 15/03/2007 (Quinta) – Após estes três dias em Foz do Iguaçu, havia chegado à hora de partimos, afinal, faltavam apenas quatro dias para o término de nossas férias, e ainda estávamos a 1.500 kms de nossa casa. E, em mais uma demonstração de amizade e espírito motociclistico, entre tantas outras, nosso amigo Ivan, acompanhado do Jorge “Morcego”, foram até nosso hotel, onde tomaram café da manhã conosco, e nos acompanharam até a saída de Foz. Depois de mais esta despedida, infelizmente, agora definitiva de nossos amigos, pegamos a estrada em direção ao Rio de Janeiro. Uma ótima estrada (mas, que infelizmente as motos pagam pedágio no PR), aliada a um clima ameno, tornaram a viagem bem agradável e fácil nesta manha de quinta feira. Pouco depois de Cascavel, fizemos uma parada rápida para uma visita a igreja em que eu fui batizado em 1971, na pequena cidade de Corbélia/PR, onde, na época, morava minha madrinha. Após algumas fotos da igreja, e um bate papo rápido e agradecimentos a um morador da cidade, também motociclista. Que ao nos ver na cidade, nos procurou para perguntar se precisávamos de ajuda (coisas do motociclismo), seguimos viagem. Como vimos no Noroeste do Uruguai, em que as plantações de Girassol dominam a paisagem, e na região de Itaqui/RS, onde o arroz é o carro chefe da agricultura local. Nesta região, predominam as plantações de soja e feijão, que formam um bonito tapete verde as margens da estrada. Outra boa impressão que eu tive desta região do Norte do Paraná, e que a mesma aparentemente tem um nível de desenvolvimento social acima da média Brasileira. Pois apesar de passarmos por diversas cidades de pequeno e médio porte, entre elas, Cascavel, Campo Mourão, Maringá, Apucarana, Londrina, etc. Vimos poucos sinais explícitos de miséria, como grandes favelas, comuns nas cidades do Sudeste e Nordeste do Brasil. O tempo que estava excelente, mudou um pouco a partir de Londrina, onde paramos para abastecer, e a partir desta cidade pegamos uma chuvinha fina, que nos acompanhou até Cornélio Procópio, onde paramos para dormir, por volta das 18:00 hs, já perto da divisa PR/SP. A parte mais engraçada por dia, ficou por conta do hotel em que ficamos. Após um dia de viagem, cansados e famintos, deixamos a moto no hotel, e fomos fazer um lanche numa lanchonete próxima ao hotel. Porém, quando estávamos na lanchonete, começou um verdadeiro vendaval, com muita chuva que alagou quase todas as ruas da cidade. Então, nós ficamos na lanchonete, nos lamentando de não termos voltado antes do começo da chuva para o hotel, e imaginando que podíamos já estar dormindo com o barulho da chuva. Quando a chuva diminui um pouco, corremos até o hotel, pensando que uma cama quentinha estava nos esperando. Mais, qual não foi nossa desagradável surpresa, ao vermos que não só a cama, mais quase todo nosso quarto estavam ensopados, devido a diversas goteiras que havia no quarto. Imaginem, que depois de um dia de viagem, já cansados depois de rodarmos cerca de 600 kms, e depois de tudo desarrumado no quarto, nós tivemos que pegar todas as tralhas nossas e da moto e levarmos para outro quarto, no primeiro andar do hotel. 16/03/2007 (Sexta) – Depois desta noite mal dormida, pois o quarto de baixo, apesar de seco, ainda era pior que o primeiro. Saímos cedo, e pegamos à estrada em direção a Indaiatuba/SP, onde pretendíamos almoçar na casa da minha madrinha, que reside nesta cidade. Depois de cerca de 50 kms, chegamos à divisa PR/SP. Logo após a divisa dos estados, pegamos um pequeno trecho da BR-153, próximo à cidade de Ourinhos/SP, e logo depois a impecável Rodovia Castelo Branco, com três pistas em cada lado, asfalto de boa qualidade, e o melhor, motos não pagam pedágio. A estrada, que se resume praticamente, em uma grande reta até São Paulo/SP, se torna até um pouco monótona, devido à ausência de curvas, declives e aclives. Saímos da Castelo Branco na altura da cidade de Boituva, e passamos por Porto Feliz e Itu, onde pegamos a SP – 075 até Indaiatuba, onde chegamos por volta das 14:00 hs, ainda a tempo de almoçarmos com a minha madrinha. O restante do dia foi dedicado ao descanso, e muito bate papo com a minha madrinha e sua família, para matarmos as saudades. 17/03/2007 (Sábado) – Após 21 dias na estrada, viajando por quatro estados e 3 paises diferentes. Agora, somente 540 kms nos separavam de nossa casa, em Duque de Caxias/RJ. Depois destes dias de muitas emoções, descobertas e felicidades sobre duas rodas. Então, acordamos mais uma vez cedo, nos despedimos da minha madrinha e sua família, e saímos por volta das 7:00 hs de Indaiatuba, passamos por Campinas, pegamos a Rodovia Don Pedro até Jacareí, e de Jacareí entramos na Via Dutra que nos levou até o Rio, sem nenhum tipo de problema, e novidades, pois a estrada já é nossa velha conhecida. Em Nova Iguaçu/RJ, fizemos o último, dos 33 abastecimentos da viagem. Terminamos nossa aventura, com exatos 6.554 kms rodados, chegando na casa da minha irmã, por volta das14:00 hs, onde todos nos esperavam ansiosos para um almoço em família. Agradecimentos, Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, que nos acompanharam e protegeram em todos os momentos desta nossa viagem. A minha esposa Simone, parceira perfeita e companheira inseparável, que comunga comigo desta paixão por viagens de moto; a minha mãe, que rezou por mim todos os dias em que estivemos ausentes; e os amigos desta irmandade, chamada Clube XT, que de alguma forma também participaram ou contribuíram para o sucesso desta viagem, dividindo parte dela conosco, nos acolhendo em suas casas, nos dando apoio e dicas valiosas, ou simplesmente, nos incentivando através do Site. Obrigado a todos vocês, e em especial : Bombeiro & Leni, que dividiram parte do roteiro conosco até Blumenau/SC. Luke & Cláudia, que foi também nossos companheiros de viagem até Torres / RS. Mestre Bigode e Coca, que nos hospeda em sua casa, em Blumenau. Rubão Blumenau & Marisa, e toda uma turma de Blumenau, que também teve o prazer de conhecer. Toninho Itajaí, pelas valiosas dicas, que nos incentivaram a uma viagem até Buenos Aires. João Serra, Manja e Lili, que também nos recebeu maravilhosamente bem em Rio Grande. Luciano e Andréia de Itaqui / RS, que também nos recebeu, com todo o carinho em sua casa. Guto, De Souza, Pimenta e toda a turma de Itaqui / RS. Ivan “Máster Foz”, nosso grande cicerone, Jorge “Morcego” e toda a turma de Foz do Iguaçu / PR. E também, como não se pode deixar de ser, já chegou em casa pensando na próxima viagem, que batizou de “Projeto Atacama”.