O Destino é o Jalapão - Caldas Novas

Então, meus nobres, a viagem segue. E como sempre, com espírito aventureiro e o coração aberto para novas experiências.

Após a emocionante jornada até São José do Rio Preto e a maravilhosa recepção do Léo e sua família, era hora de seguir em frente. Meu próximo destino era chegar mais perto de Brasília, mas Caldas Novas apareceu nas rodas de conversas em algum posto de combustível então direcionei meu GPS biológico defeituoso pra lá onde planejava descansar e aproveitar as famosas águas termais antes de enfrentar os desafios do Jalapão.

A estrada até Caldas Novas foi pela BR 153 muito movimentada, fui subindo, sem perceber que deixava o estado de São Paulo e de Minas para trás. O velho costume de levantar tarde e sair tarde, me fez posar pelo caminho antes de Caldas Novas, mas onde seria esse pernoite??? Tentei em Prata-MG e outros hoteizinhos pelo caminho e nada de vaga ou de hotel, as 18 horas já era noite, fora do normal. Cogitei pernoitar em um posto, desisti por não ter coragem, acho que não sou tãoooo aventureiro assim. Fui tentando vencer minha falta de intrepidez em acampar em qualquer lugar. Tentei ao lado de uma venda, não tive coragem, desisiti e segui em frente, talvez conseguiria em Itumbiara, mas estava longe. Então surgiu Araporã onde entrei na vilinha, meio descrédito que encontraria alguma hospedaria e acabei encontrei um hotelzinho do nosso irmão de fé Reginaldo. Pronto!! Fiquei bem hospedado e entre irmãos, o valorzinho agradável de R$30,00 pilas pelo quartinho foi top.
Cedinho lá pelas 10 horas hahaha rumei a Caldas Novas com dicas boas de evitar a BR153, por meio de estradinhas belas e sinuosas, mas nem comparadas com as nossas curvas e com previsão de pancadas de chuva. Peguei a GO-309 passando por Buriti Alegre, Água Limpa, Marzagão, Rabelândia e Rio Quente.

Na chegada ao patrimôniozinho de Rio Quente o recorrente problema do pneu voltou. O pneu traseiro da moto começou a murchar novamente! Parei em um posto de gasolina para dar uma olhada e, para minha surpresa, vi que o danado estava de novo assustado com a viagem. Enchi o pneu, colei no bico um adesivo da 3m, atarraxei a tampa e resolvi que o conserto definitivo ficaria para depois do relaxamento nas águas quentes. Afinal, a moto também merecia um descanso!

Não sabia que Rio Quente e Caldas Novas eram tudo a mesma coisa, então saí para reconhecer o território. Descobri que em Rio Quente tudo é mais caro porque é voltado para os turistas. Como cheguei bem no meio da tarde, fui ao centro de Caldas Novas e vi que tinha todo tipo de parque aquático por lá.

Voltei ao Camping Esplanada e aproveitei o rio com suas águas quentes só para mim, já que era fim de domingo e o pessoal estava vazando para fora. Eu havia escolhido um local próximo ao famoso HotPark.

O camping era incrível, com várias piscinas de águas termais e uma estrutura excelente para relaxar e curtir a natureza. Só não quando está lotado, porque aí é uma loucura! Gente por todo lado, churrasqueiras portáteis, fumaça, caixas e mais caixas de som, pisadinha, Anitta, Catinguelê... tudo tocando ao mesmo tempo e no mesmo volume! Um auê! Sem contar a água gordurosa de tanta piazadinha mascando carne dentro do rio. Kkkk

Montei minha barraca e, sem perder tempo, corri para uma das piscinas. A sensação de entrar naquelas águas quentinhas depois de tantos dias de estrada foi indescritível. Senti cada músculo relaxar e a tensão da viagem se dissolver na água.
O ponto alto foi a visita ao HotPark. O parque é uma verdadeira maravilha, com toboáguas, piscinas naturais e uma paisagem de tirar o fôlego. Passei o dia me divertindo, escorregando nos toboáguas e relaxando nas piscinas. Foi um dia para recarregar as energias e me preparar para a etapa final da viagem.

À noite, de volta ao camping, aproveitei para verificar o pneu da moto, que continuava firme após a última enchida. Mas para garantir, decidi que ao sair de Rio Quente faria uma revisão completa.

Enquanto isso, o Zé Clóvis, acompanhando minha viagem pelo site Rede Brazil Riders, fez contato para que eu passasse por Goiânia. Meu destino original era Brasília, com a Chapada dos Veadeiros no caminho, mas antes disso eu precisava consertar o pneu em Caldas Novas. O pneu estava estável já fazia dois dias, mas com o convite do nosso querido amigo, desviei o caminho para Goiânia, onde faria a manutenção ou até mesmo a troca da câmara de ar.

Finalmente, com o corpo e a mente revigorados, e o pneu da moto ainda pendente de uma revisão definitiva, segui no dia seguinte para Goiânia, me desviando do caminho para Brasília, mas por uma boa causa: visitar meu grande irmão Zé Clóvis. 

A jornada rumo ao Jalapão continuava, e eu sabia que mais aventuras me esperavam na estrada. Cada parada, cada pessoa encontrada pelo caminho, enriquecia minha viagem e me fazia sentir ainda mais conectado com a beleza e a diversidade do nosso Brasil.

🌍✨ Então, meus nobres, a viagem segue. E como sempre, com espírito aventureiro e o coração aberto para novas experiências. Até a próxima parada, e que venham mais histórias para contar!
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Abraços e boas viagens!